Amigos e amigas, depois de umas horas em Hogwarts Legacy, devo dizer-vos que estou a adorar a experiência.

O jogo ficou disponível a 10 de Fevereiro para Playstation 5, Xbox Series X|S e PC. A 4 de Abril o jogo estará disponível para Playstation 4 e Xbox One e só a 25 de Julho chegará à Nintendo Switch. Sendo ainda arriscado tirar conclusões, tenho de admitir que a experiência está muito bem conseguida: há vida no mapa, fidelidade à Lore, mas também aos filmes – através do design de salas de aula e corredores que nos levam de volta aos filmes, o que é absolutamente incrível. Vejo este jogo como uma “love letter” de developers e de fãs de Hogwarts e de Harry Potter para outros fãs de Harry Potter.



O mapa está repleto de pormenores fantásticos, com uma área de exploração bastante generosa além de Hogwarts. Vamos falar de Hogwarts? A escola de feitiçaria mais famosa do mundo está absolutamente incrível. O castelo tem muito por onde explorar, salas secretas para descobrir, um bom foco em colecionáveis – se gostas de platinar jogos vais ficar deslumbrado com isto! As personagens principais são carismáticas, sendo que facilmente encontramos nestas traços de personalidade que criam empatia. A nossa personagem é costumizável – apenas no início do jogo, sendo que depois ficamos limitados aos items estéticos (que nos dáo mais stats) que vamos encontrando -, e com ela, vamos ter escolhas dificéis pelo caminho. A maior crítica que posso fazer a este ponto é o facto de o jogo não ter um sistema de moral, o que torna as nossas escolhas menos impactantes no decorrer do jogo e que torna irrelevante a escolha de utilizar – ou não -, as maldições imperdoáveis. O facto de nós escolhermos uma casa ou outra tem também interferência nas personagens que vamos conhecendo pelo caminho, existindo uma complexidade na forma como as personagens são apresentadas e diversidade de caminhos a percorrer. O sistema de combate é um dueling system mas à distância, o que eu acho que funciona muitíssimo bem. No início é um bocadinho difícil atinarmos com “parries” e com o que cada feitiço é ou qual o melhor timing para o usar, mas que em geral funciona muitíssimo bem e…é divertido!
No fundo, acho que o sistema de combate é desafiante o suficiente para nos manter investidos e interessados.

Hogsmeade está espetacular! A música ambiente, entrar no Ollivanders e escolher a nossa varinha, ir comprar os nossos próprios ingredientes para poções… É absolutamente incrível.
Este ano em Hogwarts, o Quidditch está banido, mas não te preocupes porque poderás ter a tua própria vassoura, personalizá-la, melhorá-la e passar por vários desafios que vão testar as tuas competências em voo.

Poderás explorar a Floresta Negra, combater todo o tipo de inimigos, salvar criaturas mágicas e até entrar na Arena de Artes Negras caso tenhas adquirido a Edição Deluxe.

Há, definitivamente, um ou outro ponto que eu gostaria de ver mais bem executado no que toca às falas e expressões entre os personagens. As vozes às vezes parecem ser um pouco robóticax e por vezes isto afeta a construção de personagens e a forma como as vemos evoluir na história. Portanto, há aqui alguns elementos a polir. Acredito que é algo que veremos melhorado com patches no futuro.

Honestamente, estou a gostar mesmo, mesmo, muito. Para já, é para mim um 9/10 super sólido. Já tinha dito que, para mim, este jogo seria um make or break da Avalanche Software uma vez que é o primeiro grande título deste estúdio e, logo um com grandes expetativas em cima. Para mim a Avalanche Software consegue executar o jogo muitíssimo bem pelo menos para já.

Resumindo, as minhas primeiras impressões são melhores do que eu estava à espera, sendo que tentei manter as minhas expectativas em baixo. No entanto, com algumas primeiras reviews, principalmente no que toca à realizada pela IGN, a gestão de expetativas começou a tornar-se dificil e eu comecei a ficar com mais hype do que aquilo que gostaria. Mas mesmo assim, o jogo conseguiu surpreender pela positiva. Porque lá está, pontos que me preocupavam, como a quantidade de sidequests e o quão vivo e imersivo o mundo ia ser e é neste momento que surge o nervoso miudinho de simplesmente o jogo não entregar o suficiente. Mas entregou. Com pontos a limar, o que digo é que quero mais deste jogo, quero explorar ao máximo a experiência e espero mesmo que venham DLC’s com Multi-Player!