Resumo Xbox Games Showcase Extended
Este texto já vem um pouco tarde, mas com o Xbox Games Extended Showcase a ocorrer dias depois do evento principal, achei por bem dar-me a mim mesmo mais uns dias de forma a melhor abordar todos os anúncios e novidades que a Xbox e a Bethesda tiveram para nós durante este Verão.
Mas o que é que estava à espera destas apresentações, no final das contas? Estava à espera de muito, de forma resumida.
A Xbox tem dominado o mundo do cloud gaming, razão pela qual continuamos ainda na dúvida do que irá acontecer à aquisição da Activision Blizzard por parte da Microsoft Gaming, mas tem ficado áquem das espectativas no que toca a novos lançamentos, a conteúdo ‘first-party’ que justificasse, finalmente, a aquisição de uma Xbox Series X ou S.
Já sabíamos que haviam jogos em desenvolvimento que poderiam dar essa força renovada ao line-up da Microsoft, mas ainda não tínhamos informações suficientes – e isto inclui datas de lançamento. Não só isso, como pudemos todos presenciar o falhanço monumental que foi o lançamento de Redfall, um tropeção tão grande que apanhou muitos de nós desprevenidos, não estivéssemos nós a falar de um título da arkane.
Resumindo e concluindo, a Xbox precisava de uma grande apresentação para captar o interesse do público geral e para renovar o voto de confiança mesmo dos fãs mais devotos.
E o que é que tivemos? Tivemos uma grande apresentação. Diria eu, se me permitem, a maior apresentação deste Verão.
Algumas das Novidades Anunciadas
Não só foi revelada uma nova cor para a Xbox Series S, como a lista dos jogos mostrados foi considerável e com um ritmo também bastante aceitável. Querem uma lista?
Arranja-se: Towerborn, Metaphor: Refantazio, Cities Skylines 2, o tão esperado novo DLC de Cyberpunk 2077 Phantom Liberty, Dungeons of Hinterberg, Persona 5 Tactica, a revelação das mudanças e novos modos a caminho de Overwatch 2, Kunitsu-Gami: Path of the Goddess, Like a Dragon: Infinite Wealth, a cooperação Dune com Microsoft Flight Simulator , e mesmo o anúncio de Flight Simulator 2024, Jusant, novo conteúdo de The Legend of the Monkey Island para Sea of Thieves, Persona 3 Reload, Payday 3, o teaser de Star Wars Outlaws que seria revelado no dia seguinte na apresentação da Ubisoft e South of Midnight. Não sei se já repararam mas não referi tudo. Ainda. Isso, porque preferi referir os restantes títulos nos meus destaques.
Clockwork Revolution
Não posso – repito – NÃO POSSO ter sido o único a achar que estávamos a ver o anúncio de uma sequela para Bioshock Infinite.
Toda a estética mais steampunk, como a própria palete de cores utilizada me levava a pensar isso mesmo. Depois ainda me passou pela cabeça que pudéssemos estar a ver mais sobre “Judas”, o título da Ghost Story Games (estúdio liderado por Ken Levine, o diretor de Bioshock e Bioshock Infinite), mas nem isso era verdade. Trata-se mesmo de uma nova propriedade intelectual e de um jogo onde parece que poderemos mudar o passado para controlar o futuro. Isto, ainda com uns mechas à mistura. Só resta é saber mesmo mais sobre a sua data de lançamento, porque o interesse já cá está.
Forza Motosport
Forza é sempre uma franquia que gera imenso entusiasmo – aliás, eu arriscava-me a dizer que Forza Horizon 5 foi dos melhores títulos de corridas mais arcade em que já meti as patinhas.
Desta vez, temos mesmo um novo Forza Motorsport que irá dar continuidade a Forza Motosport 7 – 6 anos depois do lançamento do mesmo. E mais! Forza, que está com um aspecto incrível, sai já este ano no dia 10 de Outubro e é claro que sai para Xbox, PC e estará também disponível no dia de lançamento para os subscritores de Xbox e PC Game Pass.
Still Wakes the Deep
Pouco fiquei a saber sobre Still Wakes the Deep, mas houve algo de tão inquietante como de misterioso que me agarrou a atenção de imediato.
Só de ver o trailer senti-me um pouco claustrofóbico, desconfortável e também curioso. E há algo que me deixa também interessado em saber mais: já temos jogos espaciais de todos os géneros e mais alguns, mas sinto que raramente se explora a magia dos oceanos. A visibilidade limitada, o quão pouco sabemos sobre os nossos próprios oceanos, e o que pode estar escondido nas profundidades a que nunca chegámos. Ter um jogo que explora todo esse mistério parece-me ser interessante e diferenciado. Que venham mais novidades.
33 Immortals
Qualquer jogo que apresente um combate e movimentação rápidas, com direção artística mais ‘cartoon’ e com vista isométrica lembra-me imediatamente Hades. Perdoem-me, mas prefiro deixar isto claro antes de dizer mais seja o que for. Portanto, É CLARO que assim que vi 33 Immortals… Bom, vocês conseguem chegar a que jogo é que me passou pela cabeça.
Aquilo que se realçou no entanto foi mesmo a quantidade de personagens no ecrã, e enquanto que a Gi já dizia “olha que co-op tão porreiro” eu continuava sem acreditar que fosse o caso. Mas a menina Gi tinha de facto razão, porque estamos a falar de um jogo desenvolvido pela Thunder Lotus Games com co-op de 33 pessoas.
Porquê 33 e não 34 immortals? Não faço a menor ideia, mas acho que vou ter que o jogar para entender. Também tivémos direito a mais gameplay e alguma explicação extra durante o Extended Showcase – e parece que vamos mesmo ter que atravessar inferno, purgatório e céu.
O objetivo do jogo mantém-se um mistério, mas já vi caos e explosões suficientes para também querer brincar um bocadinho.
Avowed
A Obsidian anunciou Avowed na showcase da Xbox de 2020 e desde então muito pouco se sabia sobre o título.
Pessoalmente fiquei bastante interessado porque sabia que tão cedo não tinha um novo Elder Scrolls, e Avowed parecia posicionar-se exatamente como uma alternativa à saga.
A aquisição da Zenimax Bethesda deu-se depois disso, e achei que, agora com tanto Obsidian e Bethesda debaixo do “guarda-chuva”‘ Microsoft Gaming, que o título se teria que distanciar mais do que era aparente inicialmente da saga Elder Scrolls. E parece-me que foi um pouco isso que aconteceu, o que não afetou minimamente o meu entusiasmo pelo título que continua em altas.
Aquilo que NÃO sabia, contudo, é que este novo RPG se passava em Eora, onde a saga Pillars of Eternity decorre, o que para mim são excelentes notícias!
É um universo vasto, rico e com espaço para todo o tipo de narrativa, e mal posso esperar para o poder explorar numa perspectiva completamente diferente das anteriores.
Hellblade 2
Hellblade é um dos jogos que mais me marcou. Não é tecnicamente genial, nem tem um vasto leque de mecânicas diferentes, mas tem uma das melhores apresentações de narrativa e um dos melhores conceitos com que já me deparei num videojogo. É extremamente eficaz no que quer fazer, que é tentar meter-nos na posição de alguém que sofre de transtornos mentais. Não só isso, como o fato de Senua existir numa Europa do Norte na idade viking, faz com que as manifestações dos seus distúrbios tenham um toque mitológico bastante assumido e executado de forma exímia.
Hellblade, é um título que nos deixa angustiados, arrepiados, confusos, perturbados e a cima de tudo curiosos e Hellblade 2 promete seguir a fórmula, mas agora com a validação do conceito do primeiro.
O trailer mostrado nesta apresentação revela o regresso das vozes na cabeça de Senua e promete um ambiente tão ou mais arrepiante do que o primeiro.
Fable
FINALMENTE VAMOS TER FABLE AMIGOS!
Estava à espera desta revelação e deste momento desde 2010, altura em que joguei Fable 3 na antiga Xbox 360.
Este novo trailer marca o regresso do sentido de humor tão típico do franchising, desta vez na forma digital do ator Richard Aoyade.
Não foi revelado muito mais nesta apresentação, mas já sabemos que vai seguir um registo semelhante aos jogos anteriores: uma ameaça sombria surge sob a terra fantástica de Albion, e nós vamos, fantásticos heróis, vamos ter que escolher como lidar com a situação.
E sim, tudo correndo bem, teremos também finais diferentes.
Agora deem-me é data de lançamento por favor!
Starfield
Eu acho que Starfield é daqueles jogos de que mais falei nos últimos 2 anos.
Eu sou um fã de jogos da Bethesda Studios – não tanto pelo gameplay em si, mas pelo world building, pelo sentimento de imersão e claro, pelos mods que começam a surgir pouco depois dos lançamentos.
Starfield deixa-me entusiasmado por isso mesmo: porque apresenta um universo vasto e com imenso a explorar, com homenagens a jogos anteriores como o nosso fã adorável de Oblivion que parece regressar neste novo universo, e com muita, muita ambição.
Ficámos a saber mais sobre Starfield, sobre a edição de colecionador que lá vou ter que adquirir e claro, sobre a data de lançamento que está marcadíssima para dia 6 de Setembro já este ano.
Contudo, nem tudo são rosas porque já ficámos a saber que o jogo estará trancado nos 30fps nas consolas Xbox, o que já gerou uma onda de críticas ao título.
Volto a dizê-lo no entanto: Starfield é um jogo Bethesda e como tal provavelmente sairá com problemas de otimização e bugs hilariantes.
A pré-encomenda é tentadora, mas talvez seja melhor darem tempo até às primeiras reviews!
Conclusão
Foi uma apresentação carregada de novos anúncios, novos detalhes e novas informações.
Foi também, no entanto, uma apresentação com muitas datas de lançamento marcadas para 2024.
A Xbox começa a voltar aos grandes anúncios e aos grandes jogos first party, mas parece que ainda vamos ter que esperar até ao próximo ano para começarmos a ligar mais as nossas Xboxs.
Pode ser que Diablo 4 e Starfield nos aguentem até lá!
Eu mantenho-me esperançoso!
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