UPDATE: Platinei Marvel’s Spider-Man 2
Update: Platinei Marvel’s Spider-Man 2
Depois de cerca de 25 horas lá consegui atingir o troféu “platina” neste Spider-Man 2 na Playstation 5, algo que tinha feito apenas com Ratchet & Clank: Rift Apart no passado, o que não é coincidência alguma.
Jogos da Insomniac Games projectam qualidade, mas algo que pode não agradar a todos é a longevidade um pouco mais curta do que outros títulos dentro do mesmo ‘price-range’ de triple A. Pessoalmente, esta longevidade mais curta, é algo de que gosto: todos os momentos passados com o título foram importantes, foram recheados de qualidade e senti também que nunca estive perto de chegar a um ponto de cansaço, como aconteceu, por exemplo, com Assassin’s Creed: Valhalla.
Spider-Man 2 inspira-se e de forma bem descarada em story lines como “Kraven’s The Last Hunt”, “King in Black” ou mesmo no incrível “Absolute Carnage” – histórias que falaram por si só nos quadradinhos mas que são uma autêntica delícia de presenciar num formato videojogo.
Acho que o que mais me entusiasma em todo o título, contudo, é que a criação de um universo “Marvel” da própria insomniac é aparente. Já sabemos que Wolverine está a caminho e sabemos também que fará parte do mesmo universo que explorámos até agora, mas todos os pequenos “easter eggs” e referências que são feitas ao longo deste título deixaram-me de água na boca, talvez de uma forma que já não consiga sentir com o UCM da Disney.
No final das contas, as minhas primeiras impressões mantêm-se. Posso dizer que é uma verdadeira sequela, mas que é também em momentos demasiado segura – não houve qualquer intenção de reformular o que já tinha sido feito no passado, e essa pequena falta de inovação é o suficiente para não me deixar de boca tão aberta como em outros titulos lançados nos últimos anos.
Contudo, continuo a dizer que é um autêntico must-play para qualquer fã Marvel, da franquia Homem-Aranha, ou mesmo para qualquer dono de uma Playstation 5.
Spider-Man 2 é, a meu ver, um fácil candidato a jogo do ano que merece uma nota também choruda: 9/10.
Que venham os DLCs, que venha Wolverine, e que venha uma expansão deste novo universo Marvel que tanto carinho nele tem investido.
A Insomniac não desiludiu
Já o tinha dito, e volto a dizer: o primeiro Marvel’s Spider-Man da Insomniac Games é dos melhores jogos de super heróis já lançados, talvez atrás só da trilogia Arkham de Batman.
Foi uma autêntica ‘love letter’ aos fãs de um dos super heróis mais amados e reconhecíveis do mundo – um jogo que incorpora alguns elementos de outros títulos, mas que o faz muito bem – com um bom mistura de combate, story telling e com um ritmo bem conseguido. Acima disso conseguiu trazer a agilidade esperada de um homem aranha de uma forma inédita à data. Não só faz tudo isto extremamente bem, e de forma por vezes bem cinemática, apelando assim a toda a legião de fãs dos filmes no geral, como ainda expandiu com o lançamento de uma espécie de DLC Stand Alone: Miles Morales.
E aqui estamos nós, QUASE em 2024, e temos finalmente oportunidade de meter as mãos no novo título da Insomniac Games – um jogo que promete, mas que tem sapatinhos bem grandes a preencher. E sabem que mais? Nem foi preciso calçadeira, porque esta sequela parece assentar que nem uma luva.
Depois de umas poucas horas com o título um dia antes do seu lançamento, posso dizer com franqueza que as expectativas foram alcançadas muito rapidamente.
Não é um título que reformula drasticamente o que foi feito antes.
Aliás, é uma sequela no verdadeiro sentido da palavra – pelo que se não gostaram do jogo anterior, talvez este também não seja do vosso agrado. É uma autêntica continuação, tal como aconteceu com Miles Morales, mas com ambição e escala incomparáveis.
Marvel’s Spider-Man 2 coloca-nos novamente na pele de Peter Parker mas não só – controlamos também Miles Morales. Cada um conta com a sua árvore de habilidades ativas e passivas, com os seus ataques, forças e fraquezas, execuções e, claro, personalidade. Além disso, em casos específicos conseguimos ver também ambos os heróis a cooperarem e a coordenarem em ataques, com uma das personagens a ser controlada por inteligência artificial, o que consegue resultar em momentos bem mágicos para um verdadeiro fã.
Somos atirados para a ação muito rapidamente, tal como aconteceu com o primeiro título, e podemos ver que a atenção ao detalhe, aos segmentos ambiciosos e a toda a cinematografia que esperávamos de uma sequela destas – estão presentes. É um jogo que rapidamente nos diz o que temos que saber – que a sua intenção não é reinventar a roda, ou reconstruir o que já funcionava no passado, mas sim melhorar a fórmula do seu antecessor a todos os pontos.
E por falar em pontos, vamos a eles.
Gráficos
Não estamos aqui diante de um título que seja, visualmente, verdadeiramente next-gen. Pelo menos, não ao nível de um Horizon: Forbidden West, por exemplo, que nos deixou a todos boquiabertos com o resultado final da Guerilla Games. Mas a minha questão é: precisa de o ser?
Eu sou alguém que dá mais valor à direção artística, ao invés de um pseudo fotorrealismo. Gráficos podem ser importantes, mas não são tão importantes para o elemento “diversão” que muitos outros elementos de um jogo. Mesmo com isto dito, é um jogo bastante bonito e que consegue também surpreender principalmente em segmentos mais escuros.
Mas além disso, aquilo que é alcançado no que toca a tempos de loading, ou à falta deles, principalmente ao utilizarmos “fast travel” (algo que ainda não tive oportunidade de testar pessoalmente, mas que já consegui ver reproduzido em alguns videos exemplificativos) é incrível, principalmente tendo em conta a quantidade de detalhe e de pormenores a invocar em qualquer zona desta Nova Iorque. É mais um exemplo do poder da nova era de SSDs e, claro, do SSD da Playstation 5.
Narrativa
Enquanto que ainda não avancei muito na história tenho que referir que a atenção à narrativa em conteúdo secundário é bastante interessante. Seja esse conteúdo de desbloqueio rápido, ou mesmo de histórias secundárias de cada personagem.
Além disso, é incrível ver o regresso de alguns dos adversários com que já nos tínhamos deparado no título anterior como Scorpion ou Mr. Negative, e claro – ver a introdução de novas personagens como Harry e Norman Osborn, Kraven e, como é óbvio Venom.
Tenho completa certeza que ainda mais surpresas me esperam, e mal posso esperar!
Combate
Quem jogou o primeiro título já sabe perfeitamente com o que pode contar. O sistema de combate é tão semelhante, que mesmo sem tutoriais seria perfeitamente normal de passar de um jogo para o outro. Temos acesso a novas ferramentas, a novos ataques, a novas execuções e a novos combos mas, no fundo, a essência é a mesma.
Reitero, contudo, que desta vez controlamos duas personagens! Sim, temos acesso a uma árvore de talentos partilhada por ambos os heróis, mas cada um conta também com habilidades específicas que podemos desbloquear, para que cada um tenha uma sensação, em combate, diferente do outro.
Exploração & Mobilidade
É claro que aquilo em que mais reparamos em novos trailers é na introdução das “asas teia” neste Marvel’s Spider-Man 2. Mas não se enganem, isto não é propriamente uma mecânica nova! Se forem ver a capa da primeira edição de sempre do Homem-Aranha, essas pequenas asas designadas a planar já eram presentes!
Tinha contudo um certo receio de que a implementação dessa mecânica fosse demasiado forte – que optássemos por planar para todo o lado ao invés de navegarmos as ruas de Nova Iorque com o nosso lança teias – e fiquei contente de saber que não é o caso.
Planar é uma opção, e muitas vezes uma excelente opção que introduz alguma velocidade e mobilidade extra às nossas personagens, mas não é de forma alguma uma alternativa. É sim mais uma forma de introduzir ainda mais agilidade a personagens que a exigem.
Pensamentos finais
Deixo-vos com o seguinte pensamento: que ano absolutamente incrível para os fãs de videojogos, este 2023. Estamos no final de Outubro e temos, ainda agora, mais dois potenciais candidatos a jogo do ano com Spider-Man 2 e Super Mario Bros. Wonder. E até vos digo mais, enquanto que não quero dar uma nota ao título para já, posso-vos dizer que entendo perfeitamente o resultado superior a 90 no metacritic.
Um autêntico “must-play” para qualquer fã de Homem-Aranha e para qualquer dono de uma Playstation 5.
impakt
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