The Last of Us Part 2 Remastered é lançado dentro de dias, mas será que vale a pena?

Para responder a essa pergunta e para dar a minha opinião, aqui fica a minha análise a este novo Remaster, que parece levar a Sony a bom porto no que diz respeito a remasterizações.

Escusado será dizer que a par de God of War, The Last of Us é o maior cartão de visita da PlayStation, com uma história madura que já foi adaptada em uma série galardoada que apenas vem dando continuação a tudo aquilo que a Naughty Dog já havia feito.

Agora com um novo modo de jogo Rogue Like, missões extra e muitos outras adições, posso dizer com toda a certeza, que este Remastered, entrega imensas razões para voltar a um dos melhores da última década.

Aqui vão encontrar como seria de esperar, tudo o que já têm no jogo original, mas com uma frame rate melhorada e ainda um modo 4K nativo, de forma a retirar o máximo detalhe possível de cada cena, até daquelas que muitos de vocês não querem voltar a ver. Por isso não há muito a falar da campanha, mas acreditem, existe muito para falar de tudo o resto.

Sem Regresso é o grande modo que quer convidar os jogadores a “regressar”, prometo que não foi de propósito, a The Last of Us Part 2. Um modo roguelike desafiante onde controlam algumas das várias personagens do jogo, cada uma com os seus atributos. Desde Dina com habilidades que a beneficiam caso use explosivos a Abby onde o combate corpo a corpo cura uma pequena porção da vida. É tão ou mais intenso que os melhores momentos da campanha com um Boss, claro, para vos colocar à prova no final de cada tentativa.

Para além disso têm os Níveis Perdidos, partes da história que acabaram por não ser incluídos na versão final do jogo, inacabados todos eles, com assets e falas em falta, oferecendo um olhar por trás do processo criativo e de desenvolvimento de The Last of Us Part 2 com comentários da equipa. São experiências curtas, que me deixaram bastante satisfeito, sobretudo a segunda, com um momento que me fez questionar como raio não foi incluído.

Para os fãs de guitarra, bem, aqui podem ser livres, tocando como Joel, Elie, ou até Gustavo Santaolalla, o responsável pela banda sonora do jogo. Melhor ainda, a equipa não se ficou pela guitarra acústica que tanto conhecem, trazendo muitas outras como uma guitarra elétrica, ou melhor, um banjo.

Os Remakes e Remasters há muito deixaram de ser novidade para ser a norma na indústria, tendem a criar desconfiança aos jogadores. Será isto uma forma de espremer aquilo que já foi feito, ou de facto valerá o meu tempo e dinheiro, pois bem, The Last of Us 2 Remastered acho que faz aquilo que um Remastered de facto deve fazer, oferecendo uma atualização por 10€ a quem já jogou original e queira explorar todos os extras que esta nova edição traz, garantindo ainda, a melhor versão até à data a quem nunca experimentou, neste caso em particular de um dos títulos mais conceituados de sempre.

A verdade é que também temos de entender que The Last of Us ganhou uma nova legião de fãs com a estreia da série, fazendo com que muitos queiram dar uma oportunidade ao jogo após se terem ligado com as interpretações de Pedro Pascal e Bella Ramsey. Esta é a desculpa perfeita e o balanço adequado a que essas mesmas pessoas passem a conhecer Troy Baker, Laura Bailey e todo o restante elenco.

O Modo Sem Regresso e Níveis Perdidos justificam completamente os 10€, oferecendo uma nova desculpa para voltar a uma das melhores histórias dos videojogos. A estreantes, chorem, sintam-se furiosos e levem convosco esta fantástica sequela.

Este Remastered é para mim um 9/10!