Tal como aconteceu com o original Horizon Zero Dawn, também Forbidden West teve direito a um DLC que expande tudo aquilo que o jogo base oferece, aprimorando tudo aquilo que apreciamos no seu lançamento. Burning Shores é essa mesma expansão, oferecendo um novo motivo para voltar a este belo mundo pós-apocalíptico.

Aloy regressa em mais uma aventura que a leva até uma Los Angeles em ruínas, com a Cidade dos Sonhos agora coberta por zonas vulcânicas e uma gigante criatura metálica adormecida que se estende pelo famoso letreiro de Hollywood. Surpreendentemente os biomas conseguem estar ainda mais belos que o jogo original, com o magma reluzente a incandescer pelas noites estreladas, e os céus a permitirem agora uma nova forma de exploração ao deixar que se voe mais alto num Sunwing. Horizon continua como um dos melhores títulos a nível visual, perfeito para quem gosta de explorar o modo fotografia.

A narrativa não é o ponto forte do DLC, mas acabamos por encontrar uma série de personagens apaixonantes. Seyka é quase uma co-protagonista deste DLC, acompanhando-nos em todas as missões da campanha principal. Tal como Aloy é uma guerreira feroz, com um sentido de humor peculiar e é sem dúvida a melhor personagem a ser introduzida nesta expansão. Outro dos destaques é Walter Londra interpretado por Sam Witwer, que alguns podem reconhecer de jogos como Star Wars The Force Unleashed ou do exclusivo PlayStation Days Gone. Uma excelente performance que acaba sendo sacrificada pelo pouco tempo de ecrã.

A história é simples e não acrescenta ao que foi apresentado em Forbidden West, mas os desenvolvimentos pessoais de Aloy e as pistas que deixa para um terceiro jogo já confirmado pelo próprio estúdio, agradaram-me. As missões secundárias, novas armaduras e armas, mais habilidades e inimigos, isso sim é o que faz de Burning Shores essencial para qualquer fã, justificando por completo o seu preço.

As dezenas de habilidades a estrear enriquecem o nosso estilo de combate, oferecendo novas soluções aos problemas de sempre, sendo que com problemas quero dizer animais mecânicos gigantes de 6 a 7 metros para cima. Aqui o destaque é sem sombra de dúvida a Specter Gauntlet, uma arma desenvolvida pelos Far Zenith e que é completamente distinta de tudo aquilo que tínhamos no nosso arsenal, disparando sucessivamente balas metálicas que seguem o inimigo.

É uma região nova, com muita coisa para explorar e derrotar. Apesar da campanha principal durar apenas 6 a 8 horas, a expansão oferece muito mais conteúdo, com os Waterwings a levarem-nos até às profundezas os oceanos e Bileguts a apresentarem-se como aquele inimigo desafiante que vamos encontrar continuamente por todo o DLC… e que nos deixa a bufar sucessivamente,

Considerando tudo o aquilo que Horizon Forbidden West: Burning Shores oferece e sabendo que custa apenas 19.99€, penso que o conteúdo justifica a sua compra, mesmo que acabe por sacrificar um pouco do lado da narrativa e mesmo sentindo alguma falta de uma maior variedade de inimigos. Ainda assim, esta nova aventura de Aloy está mais que recomendada a todos os que jogaram o jogo original.

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