Análise | Guardians Of The Galaxy Vol. 3
Não existe nunca uma forma correta de começar uma análise, mas desta vez vou ser curto e duro, Guardians of the Galaxy Vol. 3 é o melhor filme da MCU desde Endgame.
É possível que esteja a ser algo tendencioso, confesso. Os Guardiões da Galaxia são de longe a minha propriedade favorita de Marvel, mas depois de tantas séries desapontantes e filmes aquém das expectativas, como She-Hulk e Eternals, este terceiro filme prova que a Marvel ainda tem muito para dar e que ainda existe muito por explorar.
Este terceiro volume foi vendido como a última aventura desta equipa como a conhecemos e por um bom motivo, é um filme emocionante, com bastantes momentos que nos puxam pelos sentimentos, sem abraçar tanto a comédia e humor como James Gunn nos habituou. É assim um filme que puxa menos pelo humor fácil que vimos no passado, utilizando a ligação criada por nós com este grupo de desajustados como arma.
Não se preocupem, as piadas permanecem, com Drax de Dave Batista a continuar como uma das melhores personagens nesse campo, trazendo a seriedade da personagem e o seu sentido literal a um novo extremo, mas é a história de origem de Rocket que nos concede algo que há muito não sentia num filme da Marvel, fazendo-me querer não só pela personagem, como pela sua origem e pela forma como toca a cada um dos membros deste elenco. É marcante e mostra um lado do adorável guaxini que nunca tínhamos visto.
Felizmente todas as personagens têm momentos para brilhar, da estreante Cosmo, a cadela telepática que vão apreciar prometo, até Nebula e Mantis, personagens que já nos haviam sido introduzidas, mas que têm aqui sequências únicas que mostram o melhor de cada uma. High Evolutionary o criador de Rocket Raccon e vilão da história é, para meu espanto, um dos melhores vilões que tivemos neste universo, com Chukwudi Iwuji a conceder uma interpretação irrepreensível, algo que este grupo já precisava.
Curiosamente, os pontos menos positivos, são as músicas. Pode parecer surpreendente tendo em conta a banda sonora dos últimos dois, mas simplesmente houve momentos em que as canções escolhidas não se encaixavam de todo com aquilo que estava a acontecer no ecrã, não por serem más, simplesmente não casavam como gostaria. Quase como ouvir uma lenta música jazz durante uma épica cena de combate.
Ainda assim nada disso nos consegue retirar a atenção do ecrã e de toda espetacularidade visual apresentada, e por falar em cenas de combate, posso dizer que há um momento em particular neste filme que peço que reparem, pois, pode muito bem ser a melhor cena de combate num filme da MCU, com uma espetacularidade coreográfica de se tirar o chapéu.
É uma despedida emocionante, real, que tenho certeza que vão adorar, por isso mesmo e como já serie de esperar, Guardians of the Galaxy Vol 3 é obrigatório.
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